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Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas…

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. 
É o tempo da TRAVESSIA: e, se não ousamos faze-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Fernando Teixeira Andrade.

 

amanda tomasia _ fotos na praia_ fotos de moda na praia_ saia de tule_ danigarlet

PH:Amanda Tomasia Fotografia

 

 

Foto de ontem, um dia intenso, cheio de emoção (gritaria, risos, vento e amor) na praia começando um novo projeto, uma nova identidade que logo será apresentada aqui para vocês. Se eu estou feliz? 
Ahhhhhh, muito. Os tantos vídeos que tem rolando no snap mostram um pouco dessa nova eu. Segue lá: danigarlet

Beeeeeeijos quase novos!

Brincadeira séria!!

Faz de conta: você acordou, ligou para o salão e marcou um horário. Na hora do almoço, foi lá e pediu: “Corta bem curto”. O cabeleireiro não acreditou no que ouvia. Afinal, seus quase cinquenta centímetros de cabelo sempre foram, na sua cabeça (literalmente), uma espécie de atestado da sua feminilidade. Mas agora eles teriam de ser curtos. Para que suas ideias ficassem longas. Ele colocou a mão um pouco abaixo do seu ombro: “Mais ou menos aqui?” Você segurou a mão dele, levou-a na altura da sua orelha e disse: “Tosa”.

 

Depois, você passou naquela loja onde tem uns vestidos moderninhos e coloridos. Você entrou e pediu aquele cor de laranja com borboletas, muito mais curto do que os que você costuma usar. Aproveitou e pediu a sapatilha da vitrine. Arrancou o seu terninho bege, sua camisa branca e seu escarpim marrom. Deixou tudo por lá mesmo, no provador. E quando a vendedora perguntou o que fazer com aquilo, você disse: “Queima”.

 

Quando você retornou ao trabalho, uma hora depois do horário de costume, com aquele vestidinho e com os cabelos daquele jeito, a roda em torno de você foi se formando. Uns, animadíssimos. Outros, nem tanto. Alguns reprovaram. Como as coisas já não andavam muito bem por ali, sua chefe lhe chamou no final do dia para conversar, e avisou que as coisas não poderiam continuar daquele jeito, ou ela teria que substituir você. E você disse: “Substitui”.

 

Saindo do escritório, deu vontade de jantar naquele bistrô onde você acha que só deve ir no dia do seu aniversário ou outra data importante. Você mal encostou seu carro e já veio o dono da rua, dizendo que eram dez pratas para estacionar ali. Como você não deu bola, o homem começou aquela conversinha surrada dizendo, na entrelinha da entrelinha, que um eventual não-pagamento antecipado incorreria em riscos indesejáveis na pintura do seu bólido. Você pegou o celular, digitou três números, mostrou o visor para o homem e, já com o dedo na tecla “call”, disse: “Risca”.

Faz de conta que você chegou em casa e sua filha de dezessete anos estava na sala com o namorado. Você teve que contar de novo a história daquele vestido e daquele cabelo e, como chovia, ela sondou se o rapaz poderia dormir ali. E, enquanto jogava no lixo aquela agendinha que você só usava no trabalho, você disse: “Pode”.

Quando se deitou para dormir, aquele anjo que costuma vir conversar com você antes do sono se empoleirou na cabeceira da sua cama. Elogiou o cabelo, o vestido, a decisão no trabalho, o presente de não-aniversário, o chega-pra-lá no dono da rua, a atitude com a filha. Só por curiosidade, perguntou que bicho havia mordido você. E você, se ajeitando no travesseiro e desligando o abajur, disse: “Nenhum”.

 

No dia seguinte, vendo que eram dez da manhã e você ainda não havia se levantado, sua filha entrou no quarto, vocês conversaram e no final ela perguntou como é que vocês viveriam dali para frente. Com certa ironia, ela arriscou dizer que com as bolsas e os badulaques que você produzia e vendia nos finais de semana é que não seria. E você disse: “Sim”.

 

À tarde, você procurou o dono daquele galpão que você havia visto para alugar, perfeito para um atelier, e fez uma oferta. O homem coçou a cabeça, pediu um pouquinho mais, e você disse: “Fechado”.

 

À noitinha, você foi até a casa dos seus avós, assim, de surpresa. E, de surpresa, você os beijou. Quando eles perguntaram o que era aquilo, você disse: “Amor”.

 

Faz de conta que foi assim. Faz de conta que foi desse jeito que você virou a mesa com as quatro cadeiras e viveu, serenamente, seu dia de fúria. Que resolveu não perder mais tempo, fazer o que gosta e ser do jeito que você, só você, acha que é melhor.

Faz de conta que você morreu. E que alguém lhe deu a oportunidade de voltar para um terceiro tempo.

Então. Agora vai lá e faz tudo de verdade.

Texto Silmara Franco.
Conheço esse texto já tem anos, no blog antigo já usei ele até na lateral do blog, de tanto gosto, de tanto que me identifico com essas palavras, com a vontade de mudar e se feliz todos os dias!

Beeeeijos de poema!!! 

A boca fala daquilo que o coração está cheio. (Mateus 15:18)

Recebi por e-mail da Carol Policarpo  esse texto essa semana e depois de conversarmos um pouquinho, cá estou eu divindindo esse com vocês! O autor é desconhecido.


Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
– Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
– Estou ouvindo um barulho de carroça.
– Isso mesmo, e de uma carroça vazia…

 

Perguntei-lhe, então:

 

– Como o senhor sabe que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

 

– Ora – respondeu ele – é muito fácil saber se uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz.

 

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, tratando o próximo com grossura, prepotente, interrompendo a conversa dos outros ou querendo demonstrar que é a dona da verdade, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai, dizendo: “Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz…
Ahhhh que saudades de quando eu andava de carroça lá em Anchieta! Quando meu pai descia  o morro com a carroça cheiiiiaaaa de melancias… aii que saudades boas! Quando ouvia o barrulhão da carroça descendo, sabia mesmo que me pai estava vindo com muitas melancias colhidas lá na nossa terra…
Beijos de silêncio e melancias!

Para tudo e vem ler isso aqui!

” Príncipe encantado é aquele que te encanta com coisas que qualquer menina que usa pulseiras de prata e perfume de lavanda acharia besta, mas que considero importante.Importante porque nunca tive certos mimos e agradeço por não ter tido e por não ter vivido nada que tivesse inflado meu ego, pra que eu pudesse então viver isso agora, e dar valor.
O príncipe encantado pode não perceber que você cortou três centímetros do cabelo e nem lembrar datas, mas ele segura tua mão olhando pra tela do cinema. E não é apenas pelo fato de segurar as mãos, é o jeito de segurar, que dá a impressão que se o mundo caísse ali, só eu me salvaria.
Os casais ao lado comem pão de queijo e sentam jogados na cadeira deixando visível que não estão pra conquista. Eu olho pra esses casais, olho pra sua mão segurando a minha e a sua atenção toda voltada pra mim. Nessa hora sinto uma vontade enorme de dizer pra todo mundo “Quem ri por ultimo ri melhor mesmo, né gurias?
O príncipe encantado não te dá flores e não te leva pra jantar em restaurantes caríssimos. Ele te escuta, te aconselha, se preocupa quando está frio e faz você acordar todos os dias com uma felicidade matinal pra lá de irritante.
O príncipe encantado é aquele que te abraça quando você estava mesmo pensando em pedir pra que ele fizesse isso. Ele sempre sabe a hora de abraçar, de falar e de ficar quieto.
Ele comenta todos os seus erros, defeitos e manias.
O príncipe encantado joga bola com os amigos, gosta de beber com os amigos e tem dias que acorda de mau humor e não quer conversar com ninguém, nem com você.O príncipe encantado é aquele que está do seu lado, e não atrás, como os casais que fazem compras na “terça da carne” do Mercado Imperatriz.
Ele tem rinite, canta errado, baba quando dorme, gosta de filmes de guerra, comete erros, tenta consertar e erra de novo.E ele não vem de cavalo branco como você imaginava.Ele vem de pára-quedas e cai na sua vida quando você menos espera.” 

 Esse texto é da Vanessa Pinho, uma meninas tão bacana, de mente tão aberta que eu precisoooo conhecê-la pessoalmente! 

 

Todos os dias leio suas palavras, todos. Choreiiii lendo esse texto…rsrsr tão lindo! Adoro o jeito que a Vanessa escreve! Além de linda (adoro essa foto dela), uma menina simples, inteligente, gentil e muito querida! 
Vaneeeeeeessa: quer ser minha amiga?!?! rsrs
Beeeijoss de poema!